quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Jogos Lúdicos

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA - UNEC


INSTITUTO SUPERIOR DE SAÚDE
CURSO PSICOLOGIA




A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES RECREATIVAS NO PROCESSO DE ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



Jogos Lúdicos


A matemática é fundamental em nossas vidas e principalmente quando atingimos um nível de conhecimento mais amplo, ela nos torna mais acessíveis a partir do momento em que já temos algo desenvolvido e compreendido dentro deste saber.
Hoje em dia, muitas crianças não desenvolvem o gosto pela matemática, pois, são muitas das vezes obrigadas a realizar exercícios que muitas vezes não são compatíveis com seu nível de conhecimento e desenvolvimento. O aluno não compreende o que está fazendo ou por que terá que fazê-lo e se preocupa demais em adivinhar as respostas sem preocupar-se em pensar.
As atividades lúdicas são formas naturais da atividade humana. A maioria de estudos de pesquisas realizadas na área de jogos e brincadeiras parte do pressuposto de que esses são efetivamente significantes da formação da criança, pois promovem a sua autonomia, ajudando a compreender qual seu papel nas relações sociais.









Brincadeiras Lúdicas Realizadas

1- BRICANDO COM QUEBRA CABEÇA

O Aluno monta o quebra cabeça resolvendo as multiplicações e estão em seu verso, a atividade foi aplicada a 3 criança de 10 a 11 anos. A 1º Aluna Karol montou quebra cabeça com 20 minutos com dificuldades nos múltiplos de 7 , já Gabriel montou o mesmo quebra cabeça com 15 minutos com nenhuma dificuldade mas com muita atenção e Lucas montou em 25 minutos com dificuldades em múltiplos de 8 e 9 ,
Todos ti verão algumas dificuldades com multiplicação de 9 x 6 = 54,
7 x 8 = 56 ; 8 x 6 = 48.


2- CAIXA SURPRESA

O Aluno resolve uma divisão e se estiver correta ele fica um o presente que esta na caixa com a resposta correta
Esta atividade foi realizada mais rápido com 10 minutos os mesmos alunos da brincadeira do quebra cabeça.
Os divisores eram 30/ 5 = 6 , 12/3 =4 , 48/8 = 6, 81/9=9 , 54/9 = 6, 72/8 = 9
Karol sorteou os divisores 30/5 e 48/8 ela acertou todas as divisões corretamente levando os prêmios correspondentes 30/5 = 6 balas e 48/8 = 6 chicletes.
Gabriel sorteou os dividendos 12/3 e 72/9 ele acertou somente uma divisão a de divisão 12/3= 4 levando de premio 4 balas.
Lucas sorteou os divisores 81/9 e 54/9 ele acertou tos com muita facilidade , 81/9 = 9 pipocas e 54/9 = 6 balas

Caminhos de aprendizagem

Vale salientar que o aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca.

Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Os, educadores matemáticos, devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.


Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.








Alunas :

Sabrina Pedra
Isabelle Liz
Greicy Kelly

A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES RECREATIVAS NO PROCESSO DE ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1 INTRODUÇÃO


O objetivo amplo desse trabalho será verificar a importância das atividades recreativas no processo ensino da matemática na educação infantil, especificamente pretende-se fazer uma pesquisa com professores de educação infantil, em forma de questionário, quanto à prática de atividades lúdicas do ensino aprendizagem, incentivar a reflexão e introdução de brincadeiras no ensino da matemática.
As atividades recreativas são fundamentais para o processo de ensino aprendizagem na educação infantil. Especificamente na matemática, podemos inserir jogos, atividades lúdicas, na formação dos conceitos matemáticos e no desenvolvimento cognitivo da criança. Com relação ao jogo, Piaget (1998), acredita que ele é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos, na visão sócio-histórica, a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos.
Independente da época, cultura e classe social os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem no mundo da fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos onde a realidade e o faz de conta se misturam (KISHIMOTO, l999). O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança.
O professor tem papel fundamental no processo lúdico para o conhecimento, mesmo sendo brincadeira ele deve ter atitude ativa sobre ela. Podemos sintetizar algumas atitudes do professor frente aos jogos: providenciar um ambiente adequado para o jogo infantil, selecionar materiais adequados, ajudar a resolver conflitos, dentre outras atividades, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.
Entretanto, percebemos no ensino tradicional que a atividade lúdica tem sido pouco enfatizada, isso ocorre muitas vezes por falta de preparo, embasamento pedagógico e insegurança do professor. No entanto, a sociedade precisa observar e valorizar este novo ambiente, principalmente no âmbito escolar, é preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento.
Para Vygotsky (1999), o trabalho lúdico apresenta-se como um meio para o desenvolvimento de sujeitos íntegros que pensam, agem, sentem, criam, interagem, são únicos e fazem parte de um todo, em comunhão com o mundo.
Com isso pressupõe-se que as atividades recreativas têm função muito importante no processo de aprendizagem da matemática na educação infantil, visto que, as além de promover maior interesse nessa disciplina ajudam também na interação sócio-cultural e na formação de valores e caráter.
Justifica-se que este plano de trabalho partiu de interesse pessoal pela aplicação de formas recreativas e lúdicas no ensino-aprendizagem da matemática. Visto que, na fase de pré-escolar não vi aplicação desta forma de aprendizagem para a minha educação.

O jogo é um recurso de aprendizagem que pode ser utilizado para introdução, aprofundamento ou encerramento de determinado conteúdo. Ele torna a aprendizagem mais dinâmica e prazerosa, além de romper as rotinas das aulas de matemática, já que cria uma atmosfera do processo de ensino-aprendizagem. O uso do jogo na matemática, tem o objetivo de fazer com que as crianças gostem de aprender a disciplina (RANGEL, 2002, s/p.).


Diante do exposto, será que as atividades recreativas influenciam no processo ensino aprendizagem da matemática?












2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2.1 Importância da Educação Infantil


Atualmente no Brasil, pode-se perceber uma crescente demanda por atendimento escolar às crianças de 0 a 6 anos. Esse fato evidência mudanças de cunho econômico e social pelas quais vem passando a nossa sociedade.
A educação infantil, a primeira etapa da educação, visa proporcionar condições para o desenvolvimento físico, psicológico e intelectual da criança de 0 a 6 anos, e juntamente com a ajuda da família. O atendimento nas creches é para as crianças de 0 a 3 anos, e nas pré-escolas de 4 a 6 anos.
Segundo as diretrizes curriculares nacionais/lei 9131/95, são caráter mandatórios os fundamentos norteadores das propostas pedagógicas:

Princípios éticos de autonomia da responsabilidade da solidariedade e do respeito ao bem comum. Princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Princípio estético da sensibilidade, da ludicidade, da qualidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais, pensamento, emoção e interação com os outros (MYERS, 1991, p.31).

É comum em muitas famílias que todos os membros, inclusive as mães que antes se encarregavam do cuidado aos filhos, exerçam atividades remuneradas e não tenham disponibilidade para cuidar das crianças, cuja educação fica a cargo das instituições escolares. Daí então, as necessidades de fazer com que essas instituições estejam aptas a oferecer um ensino de qualidade e que seja um espaço adequado ao desenvolvimento sócio-interacionista da criança.

Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento ou para o conhecimento têm constituído, portanto, o panorama de fundo sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil. A elaboração de propostas educacional, veicula necessariamente concepções sobre criança, educar, cuidar e aprendizagem, cujos fundamentos devem ser considerados de maneira explícita (RCNEI-REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.18).

Sendo a educação infantil a primeira etapa da educação básica ela é a etapa fundamental no que diz respeito ao desenvolvimento integral da criança até os seis anos. Portanto, ela deve oportunizar a criança, meios para o seu desenvolvimento emocional aliado aos aspectos físicos e intelectuais. Quando a escola ou instituição onde ocorre a educação infantil, se propõe a realização de um bom trabalho no que se refere ao desenvolvimento integral da criança, este trabalho deve estar pautado em alguns princípios, tais como:

Respeito à dignidade da criança, em seus aspectos físicos, econômicos, sociais e culturais. Respeito à maturidade da criança, percebendo hábitos que lhe são peculiares como: brincadeiras, formas de se expressar, e comunicação nem sempre fluente. Respeito e percepção dos cuidados fundamentais que se deve dispensar à criança, promovendo o desenvolvimento de sua identidade e privilegiando a sua interação no meio onde está inserida (ABREU, 2004, p.05).

Para que a educação infantil fosse normatizada e não mais negligenciada, percebemos a evolução histórica da educação infantil, até os anos 30, a educação era negligenciada e as iniciativas eram individualizadas, foi em 1894 que apareceu o 1º jardim de infância, no decorrer dos anos, foram surgindo demandas e leis que amparavam a criança de 0 a 6 anos. Em 1994 surge a política nacional de educação infantil com o objetivo de fortalecer nas instâncias competentes (estados, municípios e organizações não governamentais) a concepção de educação infantil pelo MEC, além de promover a melhoria da qualidade do atendimento em creches e pré-escolas.
Algumas normas para a educação infantil:

As instituições que podem oferecer educação infantil são as creches (0 a 3 anos) pré-escola (4 a 6 anos), sendo oferecida para permitir o desenvolvimento global da criança e complementação á ação da família, cumprindo-se o cuidar e o educar. As diretrizes também normatizam leis para os profissionais de educação infantil, sendo estes, formados em cursos de nível médio e superior que contemplem os conteúdos devidos (BRASIL, 1996, p.43).

A escola deve ainda estar em consonância com o que é determinado por lei no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O atendimento à criança, deve ainda estar pautado em leis próprias, de acordo com a LDB1993:

O professor deve ainda pautar o seu trabalho, percebendo a dimensão afetiva intrínseca à educação infantil. Para isto, deve estar atenta às necessidades especiais da criança e priorizá-las, ainda que, o atendimento adequado a essas necessidades não inclua o desenvolvimento de habilidades técnicas relacionadas à aquisição de conhecimentos que facilitarão a leitura e escrita em etapas futuras (BRASIL, 1996, p.135).


A criança no primeiro ano de vida, possui necessidades físicas próprias. O diálogo afetivo que se pode estabelecer com ela deve estar mais voltado à forma de comunicação como olhares, gestos, expressões, tons de voz, contato físico. Por ser um vasto campo de aprendizagem tanto em relação à criança quanto ao adulto, essa etapa do desenvolvimento da criança, deve ser tratada em creches de uma maneira especial.
A educação infantil, tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento do raciocínio e permitir à criança a descobrir e elaborar hipóteses, construir uma forma privilegiada de aprender, onde o ambiente lúdico envolva criativamente a criança no processo educativo. Enfatizar o início da vida social, segurança e independência num ambiente afetivo,onde a criança sinta prazer em aprender e proporcionar o crescimento da criança para a formação de indivíduos capazes de gerenciar com êxito o conhecimento.

Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de ser das crianças, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças (RCNEI, 1998, p.68).


Contudo, é fundamental que a criança encontre um ambiente adequado a educação construtivista, com professores aptos, espaço adequado e práticas pedagógicas que possam contribuir para o seu desenvolvimento.
A educação infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando-se a ação da família e da comunidade.

2.2 O CONTEXTO DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


2.2.1 História da Matemática


O mundo contemporâneo pode-se considerar dominado pela ciência e pela tecnologia e por isso se explica, em boa medida, pela matemática. A história da ciência revela que as várias disciplinas aplicadas se valem cada vez mais dos procedimentos desta, e em contrapartida, se inspiram em questões trazidas pela prática para progredir.


A matemática é uma ciência que estuda as quantidades, as formas e as relações entre quantidades e espaços. A matemática também pode ser definida como uma linguagem, usada para expressar determinadas capacidades do ser humano, como a de relacionar coisas, medir e avaliar grandezas e formas. O “vocabulário” dessa linguagem é formado por símbolos, como algarismos, letras, equações, figuras e formas, e sua “gramática” é determinada pelas regras da lógica. (ALMANAQUE ABRIL, 1995, p.25).


Define-se a matemática como uma ciência que, através da harmonia entre seus aspectos práticos e formalistas, permite o estudo, analítico e quantitativo das relações estabelecidas entre o homem e a realidade que o cerca. Constituído por algarismos, letras, equações, figuras e formas.
De acordo com a Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. (1999), nos estudos sobre as sociedades primitivas mostra que as primeiras noções matemáticas e símbolos numéricos passaram a existir como abstrações da operação de contar e progrediram especialmente em áreas de civilização urbana com condições econômicas evoluídas. Tradicionalmente, divide-se a história da matemática em cinco períodos: 1º dos primórdios até a época dos babilônios e egípcios; 2º o período grego; 3º a Idade Média e o Renascimento; 4º os séculos XVII E XVIII; e os séculos XIX E XX.
As maiores contribuições matemáticas da antiguidade são atribuídas ás civilizações mesopotâmica e grega, enquanto as culturas egípcia e romana se limitaram a aperfeiçoar as técnicas de medida e a prática aritmética.
Em sua origem, a Matemática constituiu-se a partir de uma coleção de regras isoladas, decorrentes da experiência e diretamente conectadas com a vida diária. Não se tratava, portanto de um sistema logicamente unificado (PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais, 1996, p.130).
Entende-se que na antiguidade o homem encontrou-se envolvido com matemática ao inventar os números para contar. Surge através dos problemas fundamentalmente práticos: contar rebanhos, repartir bens ou áreas de terras, construírem casas, registrar intervalos de tempo e prever épocas de chuvas ou de seca. Tais atividades, longe ainda estavam de reflexões científicas.


2.2.2 Importância da Matemática na Educação Infantil


Atualmente a educação infantil no Brasil tem tido notoriedade, desde 1970, quando houve o surgimento do pré-escolar o ensino infantil vem ganhando respaldo.

A partir de 1970 existe uma crescente evasão escolar e repetência das crianças no primeiro grau. Por causa disso, foi instituída a educação pré-escolar (chamada educação compensatória) para crianças de quatro a seis anos para suprir as carências culturais existentes (HERMIDA, 1998, p.136).

Uma situação importante hoje no país no que se refere às creches e pré-escolas, são as novas leis que respaldam a criança no sentido de não ser só cuidadas e sim educadas também.
Podemos perceber que no ensino tradicional da educação infantil existe pouco embasamento dos professores quanto à aplicação de práticas lúdicas no ensino-aprendizagem. As pré-escolas e creches particulares já estão mais antenadas para a construção do conhecimento, do que as públicas.
No caso de Minas Gerais, tem se investido na formação de profissionais que já atuam na educação infantil para que acompanhem e possam identificar a melhor forma de educar, ou seja, respeitar o limite da criança e construir com ele o conhecimento. Todo o trabalho, realizado tem como base o desenvolvimento de equipe, qualificando o professor para a compreensão quanto ao funcionamento dos grupos, auto-exame e intervenção, instrumentalizando-o no trabalho de sala de aula, para um melhor gerenciamento da mesma.

O professor do século XXI precisa se adequar às transformações tecnológicas, adquirindo novas competências e habilidades para que possa não só ensinar, como também aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e a aprender a ser (CURY, 2003, p.125).


A matemática é para muitos, sinônimo de dificuldade, ela assombra muitos do que hoje já estão no campo de trabalho, por isso a grande importância da construção do seu conhecimento para que possa existir a interiorização desta disciplina.
O conhecimento da matemática está presente em diversas atividades realizadas pelas crianças, elas oferecem varias situações que ajudam no raciocínio lógico da criatividade e a capacidade de resolver problemas.

Dentre os muitos objetivos do ensino da matemática encontra-se o de ensinar a resolver problemas cabe o professor propor boas questões aos alunos potencializando suas capacidades para compreender e explicar os fatos da matemática (SALGADO E MIRANDA, 2004, p.140 citado por VEREDAS, 2004, p.30).

O ensino da matemática é um grande desafio para os educadores e educandos, visto que, no processo de aprendizagem deve ter atividades que levam a construção.
Ensinar matemática em qualquer etapa da vida escolar (principalmente na educação infantil) é um desafio para educadores e educandos.

Se queremos ensinar matemática, o primeiro que deveremos conhecer são os usos e funções que o conhecimento matemático cumpre em nossa sociedade e situar a aprendizagem dos conceitos e procedimentos matemáticos no contexto de tais usos e funções (GÓMEZ-GRANELLI, 1996, p.43).

Com o desenvolvimento da consciência matemática, os pequenos podem, por exemplo, questionar quanto um determinado produto custa. Esta pesquisa de preços e a conseqüente comparação de números, têm um objetivo social: o aluno passa a entender o que é mais barato, mais caro e descobre como o sistema se organiza. Além disso, nessa fase em que as crianças ainda não sabem comparar, dentro de uma prática de uso social, elas podem aprender porque um número é maior que o outro. Porém o que considero mais importante para o conceito de cidadania, é a utilização da matemática para desenvolver o potencial argumentativo dos alunos. Para isso, a disciplina não pode ser vista só como uma ciência exata e absoluta do dois mais dois dá quatro. Os professores precisam provocar as crianças para que elas saibam argumentar e consolidar um conhecimento.
O processo de aprendizagem por sua vez implica na realização de atividades que levem a construção dos conceitos que constituem o referido conteúdo através das informações que ele contém.


2.3 METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


2.3.1 Jogos Lúdicos


A matemática é fundamental em nossas vidas e principalmente quando atingimos um nível de conhecimento mais amplo, ela nos torna mais acessíveis a partir do momento em que já temos algo desenvolvido e compreendido dentro deste saber.
Hoje em dia, muitas crianças não desenvolvem o gosto pela matemática, pois, são muitas das vezes obrigadas a realizar exercícios que muitas vezes não são compatíveis com seu nível de conhecimento e desenvolvimento. O aluno não compreende o que está fazendo ou por que terá que fazê-lo e se preocupa demais em adivinhar as respostas sem preocupar-se em pensar.
As atividades lúdicas são formas naturais da atividade humana. A maioria de estudos de pesquisas realizadas na área de jogos e brincadeiras parte do pressuposto de que esses são efetivamente significantes da formação da criança, pois promovem a sua autonomia, ajudando a compreender qual seu papel nas relações sociais.
A importância de a criança instruir-se divertindo é muito remota na história, passa a existir com os gregos e romanos. Neste contexto, Platão ensina matemática as crianças em forma de jogo e recomenda que os primeiros anos da infância devem ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância, em jardins de criança (PLATÃO, 348 a.C., apud ALMEIDA, 1987).
A utilização de jogos no ensino da matemática tem como finalidade de fazer com que os estudantes goste de aprender essa disciplina, transformando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória, bingos da tabuada e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária.
O professor ao propor um trabalho com jogos visa-se também, desmistificar a matemática enquanto uma disciplina tediosa, complicada, que envolve a memorização crítica de formas, fórmulas, números e contas.

Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem (BORIN, 1996, p.09).


Para Borim (1996), os jogos permitem os alunos superar as possíveis contradições em relação à aprendizagem da matemática, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos relacionados a esta disciplina.
Os jogos podem ser utilizados para introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância.

No contexto escolar, onde se propõe trabalhar com jogo, o professor assume o papel de organizador do ensino. Isso supõe assumir, conscientemente, a criação de situações que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado do conhecimento a ser adquirido e de que, para que o aprenda, torna-se necessário um conjunto de ações a serem executadas com métodos adequados (KISHMOTO, 1997, p.35).

Com a implantação das atividades lúdicas em salas de aula, nós podemos formar alunos mais críticos e autoconfiantes, tudo isso incentivado pelos jogos, tornando as aulas mais criativas e interessantes. Tirando elas das monotonias e horas incansáveis sentados em uma cadeira ouvindo um professor falar, onde o aluno só ouvi e repete o que o professor fala, formando alunos poucos críticos e aqueles que só sabem seguir o modelo.
Em considerações ao que venha a ser a ludicidade no ensino, Machado (1998) afirma que nem sempre jogo significa atividade lúdica. O jogo para ser lúdico precisa gerar uma tensão positiva suficiente para não prejudicar o aprendizado do aluno, tende levar à ação e não à frustração.
Ensinar através de jogos é uma estratégia eficaz para o professor que quer proporcionar ao aluno uma forma de aprendizagem leve. O lúdico faz com que a criança interiorize regras, noções de respeito e conceitos matemáticos, ainda que, estes novos saberes vão ser incorporados ao dia-a-dia da criança, e será uma importante contribuição quando as crianças avançar em seus estudos.

É perfeitamente possível alfabetizar a emoção através dos jogos, levando o aluno a vivenciar situações que ajudem suas funções cerebrais e abasteçam suas memórias de informações prontas para serem usadas caso necessitem. Pode-se trabalhar nos jogos, o autoconhecimento, a administração das emoções, empatia, automotivação, capacidade de relacionamento pleno, dentre outras habilidades já conhecidas (ANTUNES, 2003, p.80).


O professor neste momento, passa seus conhecimentos ao aluno e muitas vezes a aprendizagem não corresponde aos seus desejos. O mesmo, deve também levar em conta a realidade do aluno, seu contexto sócio-cultural, procurando avaliar o contexto a ser desenvolvido, problemas reais e cotidianos, pois as experiências vividas influenciam os esquemas de conhecimento do estudante.
O professor de matemática tem importante tarefa de orientar a aprendizagem, ou seja, indicar caminhos seguros, auxiliar o aluno a encontrar estratégias cognitivas (VIEIRA, 2000, p.48 citado por COSTA, s/d).
Normalmente não é dada á importância da matemática na educação infantil. A sua real importância é priorizar o avanço do conhecimento das crianças, perante situações significativas de aprendizagem. Os jogos devem acontecer de forma a auxiliar o ensino do conteúdo, propiciando a aquisição de habilidades e o desenvolvimento operatório dos mesmos.
Com os jogos e brincadeiras se torna mais convidativo e atraente o método de abordagem da matemática de modo que qualquer criança motivada poderá ser capaz de usar o conhecimento combinado com o estímulo do grupo com a imaginação e com o prazer pela brincadeira.
Com relação ao jogo, Piaget (1975) acredita que ele é essencial na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele que a criança repete uma determinada situação por prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Introduzir jogos que demandem diferentes capacidades (domínio do raciocínio matemático, ordem crescente e decrescente) é importante, pois eles notam que aprender não precisa ser necessariamente uma obrigação e sim um prazer.

Em Curitiba, por exemplo, ao impor desafios o domino e o jogo do varal ensina à turma infantil a encarar vitórias e derrotas com naturalidade. Os pequenos se divertem aprendem matemática e também a viver em sociedade (GURDEL, 2006, s/p.).

A criança deve ter oportunidade de vivenciar situações ricas e desafiadoras, as quais são proporcionadas pela utilização dos jogos como recurso pedagógico.


Valoriza a utilização dos jogos para o ensino da matemática, sobre tudo, porque os jogos não apenas divertem, mas também extrai das atividades materiais suficientes para gerar conhecimento, interessar e fazer com que os estudantes pensem com certa motivação (GUZMAN, 1986 citado por CASTRO, s/d).


A escola é uma instituição que tem como objetivo possibilitar ao educando a aquisição do conhecimento formal e o desenvolvimento dos processos do pensamento. É nela que a criança aprende a forma de relacionar-se com o próprio conhecimento.
Brincar na escola não é igual a brincar em outros lugares, nesse caso brincar é uma atividade essencialmente lúdica. Incluir o jogo e a brincadeira na escola, tem como pressuposto o duplo aspecto de servir ao desenvolvimento da criança enquanto indivíduo e a construção do conhecimento, processos esses intimamente ligados. Existem limites para a utilização do jogo e da brincadeira, o processo de aprender inclui ação, a reflexão da ação e a sistematização do conhecimento.
O brincar como grande recurso para o professor de matemática na educação infantil deve ser parte integrante do planejamento e não todo o planejamento. As atividades lúdicas devem ocupar momentos determinados da programação com tema, material, ocupação do espaço e duração estipulado pelo professor.
É importante destacar a questão da duração do jogo ou da brincadeira. O tempo da atividade da criança é definido pela própria atividade e não por fatores externos. Desta forma, o tempo que a criança leva para realizar certa atividade nem sempre coincide com a expectativa do educador.

O papel do educador desde a educação infantil é o de promover situações nas quais as crianças possam por em pratica os conhecimentos que já tem e ajudá-las a organizar melhor as informações e estratégias proporcionando também condições para a construção de novos conhecimentos, por isso, é importante saber respeitar a individualidade e o tempo de cada educando (SOUZA, 2006, P.9).


Ao observar uma brincadeira e as suas inter-relações entre as crianças, em sua realização o educador aprende bastante sobre seus interesses podendo perceber o nível de realização que elas se encontram, suas possibilidades de interação, sua habilidade para conduzir-se de acordo com as regras do jogo, assim como suas experiências de cotidiano e as regras de comportamento reveladas pelo jogo de faz de conta.
A ação do educador deve ser antes de tudo ser refletida, planejada, uma vez que, realizada e avaliada.
Cabe ao educador a tarefa de alimentar o imaginário infantil, de forma que, as atividades das crianças se enriqueçam tornando-se mais complexas pelas relações que vão se estabelecendo.

A criança na educação infantil dedica grande parte de seu tempo ao brincar de faz-de-conta. Desta forma, ela desenvolve a linguagem e a narrativa, passa a ter melhor compreensão de si e do outro, o desenvolvimento do imaginário infantil não passa somente pelo jogo de faz-de-conta, mas também pelas realizações de natureza, estética, como a música, a dança e as artes gráficas (BOMTEMPO, 2003, s/p.).


As noções matemáticas abordadas na educação infantil correspondem uma variedade de brincadeiras e jogos principalmente aqueles classificados como de construção e de regras.
Vários tipos de brincadeiras e jogos que possam interessar a criança pequena, constituí-se rico contexto, em que idéias matemáticas podem ser evidenciadas pelo adulto, por meio de perguntas, observações e formulação de propostas. São exemplos disso: cantigas, brincadeiras como a dança de cadeiras, quebra-cabeças, labirintos, dominós, dados de diferentes tipos, jogos de encaixe e jogos de cartas.

Os jogos numéricos permitem as crianças utilizarem números e suas representações, ampliarem a contagem, estabelecerem correspondências e operarem. Cartões, dados, dominós, e baralhos permitem as crianças se familiarizarem com pequenos números, com a contagem, comparação e adição. Os jogos com pistas ou tabuleiros numerados em que se faz deslocamento de um objeto, permitem fazer correspondências, contar de um em um, de dois em dois. Jogos de cartas permitem à distribuição, comparação de quantidades, a reunião de coleções e a familiaridade com resultados aditivos. Os jogos espaciais permitem as crianças observarem as figuras e as suas formas, identificar propriedades geométricas dos objetos, fazer representações modelando, compondo, decompondo ou desenhando. Um exemplo desse tipo de jogo é a modelagem de dois objetos em massa de modelar ou argila em que as crianças descrevem seu processo de elaboração (MACIEL, s/d).

Pelo seu caráter coletivo os jogos e brincadeiras permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam a esperar sua vez, acostume-se a lidar com regras, conscientizando-se que podem ganhar ou perder.

Propomos uma idéia moderna, através de jogos e brincadeiras desenvolver e processar o prazer pela matemática em crianças, quando podemos desde antiga idade, implantar de forma criativa e agradável o estímulo às aquisições das mesmas atividades propostas neste trabalho (SILVA, 2004, p.13).


Assim sendo, o ensino da matemática na educação infantil deve priorizar o avanço do conhecimento das crianças perante situações significativas de aprendizagem, sendo que, o ensino por meio de jogos deve acontecer de forma auxiliar no ensino do conteúdo, propiciando a aquisição de habilidades e o desenvolvimento operatório da criança.







3 METODOLOGIA


O presente estudo será realizado através de revisão bibliográfica e trabalho de campo. Tal trabalho será aplicado aos professores da escolinha Vovô Hamiltinho Chagas e no Pré-Escolar Municipal de Inhapim – MG.
Durante a realização deste, serão colhidos dados que mostrem situações sobre as atividades recreativas no processo ensino da matemática na educação infantil de 0 a 6 anos.
Através destes dados, será analisada a situação da realidade da sala de aula, será observado como o professor aplica as atividades lúdicas do ensino aprendizagem e será incentivada a reflexão e introdução de brincadeiras no ensino da matemática. Sendo assim, para que seja possível a realização deste estudo, serão realizadas entrevistas com professores.

























A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES RECREATIVAS NO PROCESSO DE ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL